Em Todos os dias fossem… digo merda, foda-se e puta que partiu. Merda várias vezes em Alegremente cantando e rindo vamos, foda-se várias vezes em Esse não, e puta que pariu uma vez em Já não me importo. Quando escrevi e gravei as canções estava mesmo com o merda, o foda-se e o puta que pariu entalados; depois a força do desabafo tornou-se inversamente proporcional ao número de vezes que dizia merda, foda-se e puta que pariu — comecei a ver-me como um miúdo que diz um palavrão a achar que está a cometer a maior das transgressões.
Queria evitar que acontecesse isso com as canções para Deve Haver. O problema é que hoje, ao trabalhar uma canção que se chama Eu acho piada, cheguei à conclusão de que não consigo substituir os vulgarismos cagar para, foda-se (a fazer aqui, mais uma vez, a sua aparição) e rir de caralho por outras expressões sem que a letra perca — isto para além de encaixarem muito melhor na métrica. (Do mal o menos: não foi fácil, mas consegui evitar rimar caralho com trabalho.)
Queria evitar que acontecesse isso com as canções para Deve Haver. O problema é que hoje, ao trabalhar uma canção que se chama Eu acho piada, cheguei à conclusão de que não consigo substituir os vulgarismos cagar para, foda-se (a fazer aqui, mais uma vez, a sua aparição) e rir de caralho por outras expressões sem que a letra perca — isto para além de encaixarem muito melhor na métrica. (Do mal o menos: não foi fácil, mas consegui evitar rimar caralho com trabalho.)